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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Chery Face 2 – Impressões do interior e qualidade de acabamento


O Chery Face tem um interior bem acabado para um modelo de sua faixa de preço. O plástico encontrado no painel e também nas portas é rígido, simples, mas não é de má qualidade. Na unidade que avaliamos por uma semana, tudo estava bem encaixado, sem fazer barulho, e com vãos corretos. O que mais se destaca ao olhar o interior do hatch compacto é a cor clara dos tecidos, que claramente não vai muito de encontro com o gosto do consumidor brasileiro. Não que a combinação do cinza claro com o amarelo seja em si de mal gosto, mas o que vem à mente é que aquele acabamento vai se sujar e vai ficar encardido com pouco tempo, conforme alguns proprietários do Face comentam.

A solução, no caso de muitos, tem sido a instalação de couro nos bancos e também nos painéis das portas, o que deixa o Face com outra cara, mas infelizmente encarece demais o veículo. De qualquer forma, veja a quantidade de tecido existente na porta do Face e depois veja a porta do City de 72.000 reais. Não tem nem comparação. O design do interior do Face não seria taxado de moderno por muitos, mas pelo menos está no mesmo nível dos populares nacionais, até mesmo acima de alguns deles. Na parte central do painel, o extenso uso da cor prata acaba sendo de gosto duvidoso, pois se trata de um prateado bem mais simples do que no Honda City, por exemplo.

O volante é de um material liso, que dá um pouco a impressão de ser de baixa qualidade. O quadro de instrumentos tem um formato diferente, mas a visualização é boa e fácil. A única ressalva na hora de entender o que se passa ali no quadro de instrumentos vai para os tracinhos que indicam a velocidade, como por exemplo, 100 por hora, 105, 110, etc. Eles são muito claros, e de dia acabamos não os enxergando direito.

Mas a disposição das informações é bem feita, e o visor digital redondo no meio do velocímetro é de muito bom gosto, embora mostre apenas quilometragem parcial, total e consumo instantâneo. Poderia ser um computador de bordo completo, já que este item é muito barato hoje em dia e presente em vários modelos não tão luxuosos. Já de noite, o painel apresenta ótima visualização.

As saídas de ar do painel, apesar de simples, são de bom gosto e funcionam bem. O sistema de som poderia ter um visor mais bem elaborado, já que as letras enormes que aparecem em seu display dão uma impressão de algo simples ao extremo. Os comandos do ar-condicionado são eficientes, apenas notamos que os comandos giratórios são um pouco duros. O ar gela a cabine de maneira correta. O porta-luvas é BEM pequeno, assim como o porta-malas, que leva míseros 190 litros, 90 a menos que o Novo Uno por exemplo. Aliás, este talvez seja um dos calcanhares de aquiles do Chery Face no Brasil, pois por aqui mesmo carros pequenos precisam ter porta-malas grandes, já que nas viagens vai a família toda mais a sogra e o cachorro.

Os bancos do Face são bons, com uma espuma confortável. O problema deles fica nas famosas costuras de má qualidade e também na parte de cima do encosto, onde ele fica estreito demais, faltando um pouco de apoio para as costas. Logo ao lado do banco, vemos a coluna que fica entre a porta dianteira e traseira, e ela tem o mesmo acabamento em tecido das portas. Ponto positivo para o acabamento nesta área. Atrás dos bancos dianteiros temos bolsas para os que vão atrás guardar objetos, e o banco traseiro é bi-partido. Nada de economia nessas áreas. O espaço interno de uma maneira geral é similar a outros modelos populares.

O fato de o Face ser mais alto ajuda para as pessoas com 1,80 ou mais. Se você tem até 1,85, não raspa a cabeça em nenhum local que se sentar. Mas, por ser bem estreito, o Face acaba levando apenas duas pessoas atrás. No máximo uma criança pequena entre elas, nada mais. Ou seja, ele é um carro especificamente urbano, que não oferece muito espaço atrás nem no porta-malas.

Mas para usar na cidade, não encontramos muitos problemas. Afinal, o Chery Face entrega um bom conforto (perante sua faixa de preço), contando com regulagem de altura dos cintos dianteiros, direção bem leve, vidros elétricos, etc. Vidros estes que poderiam ter pelo menos subida de um toque. Outro detalhe que poderia ser otimizado é o controle dos espelhos elétricos, que poderia ser junto do comando dos vidros. Ficaria mais ergonômico. Mas, no final das contas é isso. Com relação ao interior e à qualidade de acabamento, as ressalvas são poucas, se você for andar apenas com no máximo quatro pessoas e sem usar o porta-malas.
Fonte: NA

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